Estudar as cartas de João está a ser um enorme desafio para mim. Quanto mais leio, mais me apercebo que preciso conhecer melhor sobre o verdadeiro amor. Pesquiso no dicionário significados, reescrevo as frases por outras palavras, respondo a perguntas. E o amor, aquele de que João fala e que é o próprio Deus, precisa ser conhecido, assimilado, vivido.
Quando penso que o amor é amar sem esperar em troca, Deus mostra-me que o amor não se vive nas minhas forças e demonstrações que eu consigo encontrar, pequeninas e insignificantes. O amor só se dá aos outros quando se conhece o amor do próprio Deus, que é – ele mesmo- AMOR.
Em tempos de relativismo, João fala de preto e branco, luz e trevas, amor e ódio. Se não amas, odeias. Não há indiferença pelo meio. E isto é tão difícil de assimilar quanto de viver. Porque, num tempo em que nos dizem que amar é um sentimento que não se força, a Bíblia contrapõe e ordena que amemos os outros como nos amamos a nós. Temos de escolher amar. Não dá hipótese.
Ao mesmo tempo, a Bíblia nunca nos diz que nos precisamos amar a nós mesmos, porque já o fazemos naturalmente; mas que se procurarmos amar o próximo como buscamos os interesses para nós mesmos, já estamos a começar a viver mais além.
Logo no início da primeira carta, João coloca as coisas em termos drásticos: se dizes que amas a Deus mas não amas o próximo, estás a pecar e a ser mentiroso. Quando estamos continuamente a pecar, afirmamos três coisas:
1 – Não estamos a compreender a dimensão da Graça de Deus;
2 – Estamos a enganar-nos a nós mesmos;
3 – Fazemos de Deus mentiroso – porque só ele é santo.
Conseguimos ver se o nosso amor está nas coisas erradas, quando não nos esforçamos por obedecer ao que Deus nos pede. Se olhamos para a lei sem graça, fica difícil compreender e aceitar a dimensão do amor de Jesus, que se sacrificou por todos nós. Devemos estar atentos a todos os tipos de ensinos contrários a estes, porque a Bíblia também fala deles como enganadores. Devemos permanecer e ficarmos ancorados na verdade – Deus é amor – e que através dele saberemos como amar melhor.
[O estudo vai continuar. ]
Este estudo das cartas de João é feito seguindo o caderno de estudo “Abide” de Jen Wilkin.