De todas as promessas que leio na Bíblia, a promessa de que tudo será restaurado é talvez a que mais me maravilha e também a que tenho mais dificuldade em entender. Só conheço este mundo de agora, que tanto me parece lindíssimo, como cheio de fragilidades. Como será um mundo completamente novo e sem doenças ou devastação? Sem dor, sem morte, sem perdas?
A ideia deixa-me deslumbrada, mas a minha imaginação não chega lá. Parece-me mais um sonho por concretizar do que uma realidade futura. Mas sempre que caio nestes momentos, em que fico tonta com a ideia de eternidade, em que não consigo ver como será a perfeição, recordo a minha pequenez perante a grandiosidade do que me é descrito na Bíblia, e recolho-me ao meu lugar: de pessoa limitada e imperfeita.
Quando me detenho na ideia de um futuro que me parece tão distante, penso em todas as coisas que já foram restauradas na minha própria vida e no que é o processo de santificação. Quando reconheço isto em mim e nos que me rodeiam, a minha esperança aumenta acerca do futuro. Pode haver restauração para outros já, e podemos fazer parte desse trabalho.
Pedro, acerca deste assunto, escreveu assim:
no qual os céus passarão com grande estrondo,
e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra,
e as obras que nela há, se queimarão.
Havendo, pois, de perecer todas estas coisas,
que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade,
Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus,
em que os céus, em fogo se desfarão,
e os elementos, ardendo, se fundirão?” 2 Pedro 3:10-12
Não foi para isso mesmo que Jesus veio um dia?