Cheguei ao início deste sabático com a cabeça a mil. O cansaço que nos levou a tomar esta decisão em Janeiro passado era extremo. O planeamento desta aventura, com cabeças muito cansadas, foi desgastante.
Aprender a parar e redirecionar todas as energias para coisas novas foi o maior desafio no início. Parece que não sei parar. Ou antes, sei dormir muito bem, e até consigo parar fisicamente. O mais difícil, no meu caso, é parar esta cabeça.
Por isso, quando cheguei a casa do Mr Lars e vi uma biografia do Bonhoeffer, pensei : “vou começar por aqui”. Gosto muito de biografias. Li as 600 páginas em poucos dias, mas retrocedendo sempre algumas páginas. Os nomes alemães e polacos das pessoas e lugares atrapalhavam claramente uma cabeça ainda acelerada. Cheguei ao final satisfeita mas ainda assim com a noção que poderia ter sido melhor.
De seguida, concentrei tudo em mim no planeamento da escola dos miúdos (e em tratar de alguns stresses com a escola em Portugal).
Pelo meio, descobri que a única leitura que me fazia relaxar são os salmos, e por isso volto a eles todos os dias, mais do que uma vez.
No entretanto, comecei a leitura repetitiva do livro de Jó, abraçando um desafio que o meu irmão me fez há umas largas semanas, de fazermos um caderno de estudo neste livro. Passou-me para as mãos meses de sermões e um livro de apoio.
Começo agora a tentar esboçar, com a cabeça menos acelerada, mas ainda a precisar de maior concentração. Do que meditei até agora, o exemplo de Jó vai ser tareia das duras. E das humilhantes e boas.
Vamos lá.