Nos últimos dias temos experimentado temperaturas que chegam aos 8 graus negativos. Dentro de casa, sem o ar condicionado a funcionar no quente, dependemos de 3 aquecedores eléctricos e um a gás na parede, este último só usamos durante o dia porque dormir com gás ligado nos parece arriscado. Foi precisamente com estas temperaturas que ficámos sem luz (burocracias inerentes à venda recente desta casa parece que não foram concluídas) e fomos aterrar a noite na casa do meu irmão, dormir sem aquecimento não era uma boa ideia. Hoje de manhã o carro também não pegava, mas entretanto resolveu-se com os cabos do Mr Eric, nosso vizinho. Podia contar-vos de como viver imprevistos fora da nossa casa, do nosso país e da nossa língua poder ser estranho e inquietante (o Tiago a pedir ao senhor da Entergy que não cortasse a luz, para vermos o que se passava, e ele a cortar na mesma, mesmo com um frio de rachar). Mas prefiro reter a tranquilidade que Deus nos dá, porque viver aqui temporariamente é viver sempre no desconhecido. Depois de vermos a mão de Deus de forma tão impressionante na nossa vida neste ano, fica impossível stressar com estas coisas. Seria no mínimo ingrato. Dizem que amanhã de manhã a luz está de volta.
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(Há umas semanas estava sozinha com os filhos e sobrinhos rapazes nas compras, quando regressamos ao carro ele não ligava. Foi preciso pedir ajuda a quem passava – aqui toda a gente tem cabos, viva!- para ligar a bateria. Mais uma aventura para lembrar.)